quarta-feira, 20 de julho de 2011

MERDAKONTECE



Rot


Entrails Massacre / Rot / Abuso Sonoro

MUNICIPAL WASTE



BRUJERIA


Agathocles live Obscene Extreme

Cyness


https://www.youtube.com/watch?v=K_mN2mfRhD4


Possuído Pelo Cão - Chaves

ACXDC


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Voltando....

Opa! =)
Depois de quase um mês sem postar nada aqui, consegui voltar.
Na verdade eu queria ter postado ontem, no Grande dia de ontem. (VIVA O ROCK!!!)
Mas já que ainda estamos na semana do Rock, meu post vai ser sobre isso...

Alguém aqui realmente sabe qual foi a primeira Banda de Rock?
Pois é, pergunta difícil neh?!
En eu fui a cata disso, por que eu realmente fiquei curiosa...

Na verdade não existe um consenso sobre isso, muitos apontam para Bill Haley & His Comets (banda que surgiu em 1951 nos EUA). Antes disso, a banda era conhecida como Bill Haley and the Saddlemen, mas devido a mudança de som (de country, passaram a tocar uma mistura de Blues, Jazz, Rhythm and Blues e até mesmo Gospel, estilo de música muito tocado pelos negros, com uma pitada de country e folk, que era tocado pelos brancos), trocaram o nome, e deram a origem ao Rock. Alguns anos depois, emplacaram o primeiro sucesso de rock nas paradas americanas, Crazy Man, Crazy.

Depois disso, veio outras bandas, cada uma com uma característica diferente, que (Graças a Deus) inovavam o rock 'n' roll...


THE WHO

Pete Townshend foi o primeiro a quebrar a guitarra no palco, em 1964. No início, foi por acidente. Depois ele concluiu o “serviço” só pra ver a reação do público

THE BEATLES

Foram os primeiros roqueiros a lotar um estádio: o Shea Stadium, em Nova York, em 1965

BOB DYLAN

Lançou o primeiro álbum duplo de rock, o clássico Blonde on Blonde, de 1966

THE DOORS

Jim Morrison foi o primeiro roqueiro preso no palco – em 1967, por perturbar a ordem.

STEPPENWOLF

A banda cunha o termo heavy metal na música “Born to Be Wild”, de 1968. Várias outras disputam o título de pioneira nesse subgênero, como Iron Butterfly, criada em 1966, e Black Sabbath, de 1968

ROLLING STONES

São os primeiros a “idolatrar o Diabo”, na faixa “Sympathy for the Devil”, de 1968. A letra não traz palavras explícitas de adoração, mas cria uma imagem glamorosa do capeta

RAMONES

Inauguram o gênero punk, em 1974 – embora há quem aponte os New York Dolls ou Stooges como precursores. Em 1975, surgem os Sex Pistols, primeiros punks do Reino Unido.


Então pessoal, termina por aqui o meu humilde post.
Prometo fazer um melhor que isso...
Curtam o resto da semana do rock.
Um beijo

Thais




Dead Kennedys .Bleed for Me


quarta-feira, 13 de julho de 2011

ODORES

PARE!

você já leu as instruções , para a leitura deste texto?
se você quiser ler o texto apenas, continue.
se você deseja sentir odores, se deseja entender, se deseja que a experiência obtida seja compartilhada, leia as instruções.


leia, para sentir.


não continue , sem antes ler o texto acima.




ODORES

A mistificação do ser social , o cheiro de urina seca, invadindo as narinas, um homem e uma mulher sentados no coletivo, voltando do trabalho, procurando uma casa.
Dois lugares, duas pessoas, e um muro instransponível , a sociedade berra verdades que não são completas, gritam mentiras que se tornam verdades.
O forte cheiro invadindo a narina, o preconceito infundado, bem alicerçado, olhares de canto de olho, cabeças virando, vias respiratórias presas.
Um homem atravessando o corredor apertado do ônibus, suas pobres, nobres vestem, sujas de vermelho, sujas de marrom, um universo de cores, cores sujas, cores mortas. Um chapéu que o deixa numa posição acima de todos os outros passageiros. Como diria o famoso dono da famosa fábrica do famoso chocolate: o chapéu engrandece.
O homem senta-se , senta-se e levanta-se. SE senta SE levanta, procurando olhos menos curiosos, tenho uma posição de respeito na sociedade cruel, tenho uma posição de destaque na sociedade que finge , que Ensaia a Cegueira.
Abaixo meus olhos, procurando as palavras daquele livro.O livro que leio vorazmente , não me impede de olhar quando o homem de chapéu senta ao meu lado, não impede de reparar seu cheiro quando se aproxima.
Me afasto , me encolho, não quero contato com o dono de tão repugnante cheiro.
Continuo lendo o moço Llosa , continuo indignada com a pobreza peruana, continuo penalizada. Penso em ajuda-los, filiar-me a uma instituição voluntária percorrendo os países pobres da América do Sul.
Continuo chorosa, continuo prendendo a respiração, e quando quase paro de respirar, o cheiro fica pior, as ideias fluem melhor.
E eu confundo Audrey Hepburn com a Menina Má de Llosa, e eu tenho vontade de gritar, gritar, para que os que precisam de socorro gritem mais alto, para que eu possa encontra-los, ajuda-los, mas é tudo vão.
O mais nobre dentre nós , está aqui. E então numa fração de segundos, a literatura latina, a pobreza peruana, o descaso brasileiro, me fazem enxergar o homem que está sentado ao meu lado.
Disfarçadamente para que não se incomode eu o olho, ele me olha.
Parece não ter mais que 50 anos, as cores sujas, mortas estampam-lhe as roupas, o rosto. Carrega dois grandes embrulhos em sacolas plásticas, das quais não desgruda por nada.
Engana-se quem supõe que nada tem aquele homem, tudo o que ele precisa encontra-se com ele. A dignidade de pagar o ônibus, de assentar-se entre os pobres, entre os cegos.
Ele se levanta, senta no banco da frente, ao lado de uma garota que parece não ter mais que 18 anos, ela repugna-se. Posso acompanhar seus movimentos de resignação quando ao homem sentado ao seu lado. Llosa continua seu intenso relato sobre a Menina Má, sobre a infância pobre da Menina Má. A moça sentada ao lado do home de chapéu se incomoda com os leves movimentos que o homem faz a fim de encontrar uma posição mais confortável no estreito espaço que comprou por R$ 3,55. A garota levanta-se demonstrando toda sua indignação quanto aquele homem que ousa sentar-se ao seu lado, carrancuda, troca de lugar; mas não antes de esperar que ele levante-se, e lhe dê o espaço que precisa para atingir o corredor do ônibus.
Ele se levanta , procura por olhos menos curiosos, não encontra os meus. Senta-se novamente ao meu lado.
Não olho, não me viro, não respiro. Não quero que ele saia do meu lado, as pessoas começam a olha-lo com ódio, indignação , por ousar senta-se ao lado de uma moça bonita, acusadores. Acusado de viver, acusado , julgado por sobreviver.
Somos iguais, então respiro fundo, puxando todo o ar que meus pulmões conseguem abrigar, o cheiro de urina seca, misturado com o cheiro de descaso, com o cheiro de medo.
Vivemos em sociedade que tortura, que peca por excesso de puritanismo, de babaquice, de soberba, uma sociedade, que pesca vantagens, que ceifa sonhos.

Para sentir ODORES

Oi, hoje é dia 13 de julho de 2.011.
e eu sei que não sou calendário pra situa-los do tempo, espaço.


hoje , eu vou RE-publicar um texto meu, que rendeu elogios e discussões;
já pensei em publica-lo aqui antes, mas confesso que tenho um cuidado especial com esse texto, confesso que tive medo.

Mas publicarei-o.

antes porém , compilação da NOTA que escrevi no Leitores, meu blog pessoal.
e alguns vídeos importantes, para sentir o texto, adequadamente.
por que de fato não se trata de lê-lo, se trata se senti-lo, respirar fundo para sentir todos os ODORES.


[DARCY RIBEIRO, NO ENTERRO DO GLAUBER]




[GLAUBER ROCHA]





Lembrei do DARCY RIBEIRO em seu discurso no enterro do GLAUBER, chorei mais.
Chorei pela dor do mundo, por não me compadecer por tal dor, pela minha dor ainda ser maior do que a dor do mundo.
Chorei por que quis não sentir minha dor, não senti-la ou não importar-me de senti-la , pois há muito lixo, muita sujeira, muita maldade, muita pobreza, pelo mundo.
muitas lágrimas para derramar, muitas palavras para DEIXAREM de ser ditas, muito o que fazer.
Eu comemoro a renuncia de MUBARAK , eu choro por saber que essa não é a solução pra dores e para as lágrimas no Egito.

Eu sorrio, grata por ter a oportunidade, de me livrar dessa dor, de compartilha-la com vocês, comigo, daqui algum tempo.

SQUEEGEE PUNKS IN TRAFFIC. DOCUMENTARY