segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MERDAKONTECE



Rot


Entrails Massacre / Rot / Abuso Sonoro

MUNICIPAL WASTE



BRUJERIA


Agathocles live Obscene Extreme

Cyness


https://www.youtube.com/watch?v=K_mN2mfRhD4


Possuído Pelo Cão - Chaves

ACXDC


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Voltando....

Opa! =)
Depois de quase um mês sem postar nada aqui, consegui voltar.
Na verdade eu queria ter postado ontem, no Grande dia de ontem. (VIVA O ROCK!!!)
Mas já que ainda estamos na semana do Rock, meu post vai ser sobre isso...

Alguém aqui realmente sabe qual foi a primeira Banda de Rock?
Pois é, pergunta difícil neh?!
En eu fui a cata disso, por que eu realmente fiquei curiosa...

Na verdade não existe um consenso sobre isso, muitos apontam para Bill Haley & His Comets (banda que surgiu em 1951 nos EUA). Antes disso, a banda era conhecida como Bill Haley and the Saddlemen, mas devido a mudança de som (de country, passaram a tocar uma mistura de Blues, Jazz, Rhythm and Blues e até mesmo Gospel, estilo de música muito tocado pelos negros, com uma pitada de country e folk, que era tocado pelos brancos), trocaram o nome, e deram a origem ao Rock. Alguns anos depois, emplacaram o primeiro sucesso de rock nas paradas americanas, Crazy Man, Crazy.

Depois disso, veio outras bandas, cada uma com uma característica diferente, que (Graças a Deus) inovavam o rock 'n' roll...


THE WHO

Pete Townshend foi o primeiro a quebrar a guitarra no palco, em 1964. No início, foi por acidente. Depois ele concluiu o “serviço” só pra ver a reação do público

THE BEATLES

Foram os primeiros roqueiros a lotar um estádio: o Shea Stadium, em Nova York, em 1965

BOB DYLAN

Lançou o primeiro álbum duplo de rock, o clássico Blonde on Blonde, de 1966

THE DOORS

Jim Morrison foi o primeiro roqueiro preso no palco – em 1967, por perturbar a ordem.

STEPPENWOLF

A banda cunha o termo heavy metal na música “Born to Be Wild”, de 1968. Várias outras disputam o título de pioneira nesse subgênero, como Iron Butterfly, criada em 1966, e Black Sabbath, de 1968

ROLLING STONES

São os primeiros a “idolatrar o Diabo”, na faixa “Sympathy for the Devil”, de 1968. A letra não traz palavras explícitas de adoração, mas cria uma imagem glamorosa do capeta

RAMONES

Inauguram o gênero punk, em 1974 – embora há quem aponte os New York Dolls ou Stooges como precursores. Em 1975, surgem os Sex Pistols, primeiros punks do Reino Unido.


Então pessoal, termina por aqui o meu humilde post.
Prometo fazer um melhor que isso...
Curtam o resto da semana do rock.
Um beijo

Thais




Dead Kennedys .Bleed for Me


quarta-feira, 13 de julho de 2011

ODORES

PARE!

você já leu as instruções , para a leitura deste texto?
se você quiser ler o texto apenas, continue.
se você deseja sentir odores, se deseja entender, se deseja que a experiência obtida seja compartilhada, leia as instruções.


leia, para sentir.


não continue , sem antes ler o texto acima.




ODORES

A mistificação do ser social , o cheiro de urina seca, invadindo as narinas, um homem e uma mulher sentados no coletivo, voltando do trabalho, procurando uma casa.
Dois lugares, duas pessoas, e um muro instransponível , a sociedade berra verdades que não são completas, gritam mentiras que se tornam verdades.
O forte cheiro invadindo a narina, o preconceito infundado, bem alicerçado, olhares de canto de olho, cabeças virando, vias respiratórias presas.
Um homem atravessando o corredor apertado do ônibus, suas pobres, nobres vestem, sujas de vermelho, sujas de marrom, um universo de cores, cores sujas, cores mortas. Um chapéu que o deixa numa posição acima de todos os outros passageiros. Como diria o famoso dono da famosa fábrica do famoso chocolate: o chapéu engrandece.
O homem senta-se , senta-se e levanta-se. SE senta SE levanta, procurando olhos menos curiosos, tenho uma posição de respeito na sociedade cruel, tenho uma posição de destaque na sociedade que finge , que Ensaia a Cegueira.
Abaixo meus olhos, procurando as palavras daquele livro.O livro que leio vorazmente , não me impede de olhar quando o homem de chapéu senta ao meu lado, não impede de reparar seu cheiro quando se aproxima.
Me afasto , me encolho, não quero contato com o dono de tão repugnante cheiro.
Continuo lendo o moço Llosa , continuo indignada com a pobreza peruana, continuo penalizada. Penso em ajuda-los, filiar-me a uma instituição voluntária percorrendo os países pobres da América do Sul.
Continuo chorosa, continuo prendendo a respiração, e quando quase paro de respirar, o cheiro fica pior, as ideias fluem melhor.
E eu confundo Audrey Hepburn com a Menina Má de Llosa, e eu tenho vontade de gritar, gritar, para que os que precisam de socorro gritem mais alto, para que eu possa encontra-los, ajuda-los, mas é tudo vão.
O mais nobre dentre nós , está aqui. E então numa fração de segundos, a literatura latina, a pobreza peruana, o descaso brasileiro, me fazem enxergar o homem que está sentado ao meu lado.
Disfarçadamente para que não se incomode eu o olho, ele me olha.
Parece não ter mais que 50 anos, as cores sujas, mortas estampam-lhe as roupas, o rosto. Carrega dois grandes embrulhos em sacolas plásticas, das quais não desgruda por nada.
Engana-se quem supõe que nada tem aquele homem, tudo o que ele precisa encontra-se com ele. A dignidade de pagar o ônibus, de assentar-se entre os pobres, entre os cegos.
Ele se levanta, senta no banco da frente, ao lado de uma garota que parece não ter mais que 18 anos, ela repugna-se. Posso acompanhar seus movimentos de resignação quando ao homem sentado ao seu lado. Llosa continua seu intenso relato sobre a Menina Má, sobre a infância pobre da Menina Má. A moça sentada ao lado do home de chapéu se incomoda com os leves movimentos que o homem faz a fim de encontrar uma posição mais confortável no estreito espaço que comprou por R$ 3,55. A garota levanta-se demonstrando toda sua indignação quanto aquele homem que ousa sentar-se ao seu lado, carrancuda, troca de lugar; mas não antes de esperar que ele levante-se, e lhe dê o espaço que precisa para atingir o corredor do ônibus.
Ele se levanta , procura por olhos menos curiosos, não encontra os meus. Senta-se novamente ao meu lado.
Não olho, não me viro, não respiro. Não quero que ele saia do meu lado, as pessoas começam a olha-lo com ódio, indignação , por ousar senta-se ao lado de uma moça bonita, acusadores. Acusado de viver, acusado , julgado por sobreviver.
Somos iguais, então respiro fundo, puxando todo o ar que meus pulmões conseguem abrigar, o cheiro de urina seca, misturado com o cheiro de descaso, com o cheiro de medo.
Vivemos em sociedade que tortura, que peca por excesso de puritanismo, de babaquice, de soberba, uma sociedade, que pesca vantagens, que ceifa sonhos.